domingo, 2 de dezembro de 2012

Feliz Ano Litúrgico...



Olá pessoal... tempo que não posto nada novo... sei que tenho que me programar melhor...

Mas bola pra frente, neste Domingo iniciamos o novo ano litúrgico .. o ano C. Para nossa Igreja, estes são uma seqüência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

O Ano Litúrgico é o “Calendário religioso”. Contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação. Não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro. O Ano Litúrgico começa e termina quatro semanas antes do Natal. Tem como base as fases da lua. Compõe-se de dois grandes ciclos: o Natal e a Páscoa. São como dois pólos em torno dos quais gira todo o Ano Litúrgico.
O Natal tem um tempo de preparação, que é o Advento; e a Páscoa tem também um tempo de preparação, que é a Quaresma. Ao lado do Natal e da Páscoa está um período longo, de 34 semanas, chamado Tempo Comum. O Ano Litúrgico começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina com o último sábado do Tempo Comum, que é na véspera do Primeiro Domingo do Advento. A seqüência dos diversos “tempos” do Ano Litúrgico é a seguinte:

CICLO DO NATAL
ADVENTO

(Advento: Inicia-se o ano litúrgico. Compõe-se de 4 semanas. Começa 4 domingos antes do Natal e termina no dia 24 de dezembro. Não é um tempo de festas, mas de alegria moderada e preparação para receber Jesus.)

Início: 4 domingos antes do Natal
Término: 24 de dezembro à tarde
Espiritualidade: Esperança e purificação da vida
Ensinamento: Anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa

NATAL

(Natal: 25 de dezembro. É comemorado com alegria, pois é a festa do Nascimento do Salvador.)

Início: 25 de dezembro
Término: Na festa do Batismo de Jesus
Espiritualidade: Fé, alegria e acolhimento.
Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem
Cor: Branca

TEMPO COMUM
1ª PARTE

(1ª parte: Começa após o batismo de Jesus e acaba na terça antes da quarta-feira de Cinzas.)

Início: 2ª feira após o Batismo de Jesus
Término: Véspera da Quarta-feira das Cinzas
Espiritualidade: Esperança e escuta da Palavra
Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus
Cor: Verde

2ª PARTE

(2ª parte: Começa na segunda após Pentecostes e vai até o sábado anterior ao 1º Domingo do advento.)

Início: Segunda-feira após o Pentecostes
Término: Véspera do 1º Domingo do Advento
Espiritualidade: Vivência do Reino de Deus
Ensinamento: Os Cristãos são o sinais do Reino
Cor: Verde

CICLO DA PÁSCOA
QUARESMA

Quaresma: Começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola e oração. É um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Páscoa.

Não se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Hino de Louvor. É um tempo de sacrifício e penitências, não de louvor.

Início: Quarta-Feira das Cinzas
Término: Quarta-feira da Semana Santa
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A misericórdia de Deus
Cor: Roxa

PÁSCOA

Páscoa: Começa com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia é celebrada a Instituição da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixão e morte de Jesus. É o único dia do ano que não tem missa. Acontece apenas uma Celebração da Palavra.

No sábado acontece a solene Vigília Pascal. Forma-se então o Tríduo Pascal que prepara o ponto máximo da páscoa: o Domingo da Ressurreição. A Festa da Páscoa não se restringe ao Domingo da Ressurreição. Ela se estende até a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: É celebrado 50 dias após a Páscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Paráclito.)

Início: Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal)
Término: No Pentecostes
Espiritualidade: Alegria em Cristo Ressuscitado
Ensinamento: Ressurreição e vida eterna
Cor: Branca

Importante:
Ao todo são 34 semanas. É um período sem grandes acontecimentos. É um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança e acolhimento da Palavra de Deus.

"O Tempo comum não é tempo vazio. É tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132).

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sagrado Coração de Jesus






A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial, tal como refere recentemente o “Directório sobre a Piedade Popular e a Liturgia” da Congregação para o Culto Divino. Os Pontífices romanos têm salientado constantemente o sólido fundamento na Sagrada Escritura desta maravilhosa devoção.


Como conseqüência das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja como esta.


Entre os documentos mestres nesta matéria encontramos a encíclica de Pio XII, Haurietis aquas, de 15 de Junho de 1956. Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz: “Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11, 28-30)


Não é por acaso que as aparições a Santa Margarida Maria deram-se num momento crucial em que se pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram à descristianização da sociedade moderna.



Fonte: Associação do Apostolado da Oração




sexta-feira, 8 de junho de 2012

Simplesmente Divina!



A festa do Corpo e Sangue de Cristo foi linda... uma demonstração única de que nosso país jamais irá negar a fé de seu povo, nas festas ao redor do país onde pude acompanhar a alegria foi tremenda em ver que nosso povo continua mantendo viva a tradição dos tapetes por ondes passam os nossos sacerdotes ao levar em um Ostensório o Santíssimo Sacramento, e este é o espirito... Levar nossa fá as ruas nunca será demais, levar por alguns momentos Nosso Senhor ao povo nunca será bastante até que consigamos planta-lo nos corações daqueles que mais necessitam... afinal como dizia Dom Helder Câmara:  "Estes pobres e necessitados é que são o verdadeiro corpo de Cristo".

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fé Católica - Meu Orgulho



Olá pessoal... já fazia algum tempo que não postava nada de novo mas de agora em diante prometo uma postagem por semana no minimo, mas vamos ao que interessa, nossa fé o o nosso orgulho mas muitos de nós ainda teimam em no lugar de professá-la omitir a mesma, meu pensamento sobre isto é claro, o que nos faz melhor não deve ser posto em segredo como algo que nos envergonhe... é importantíssimo professar nossa fé diante todos e principalmente daqueles que não a professam, pois, nosso testemunho é o melhor dos meios de conversão e não pensem que isto só deve ser vivenciado dentro da igreja pois é fora do templo que devemos ser igreja viva e orante sobre a terra, então caríssimos proponho que todos nós possamos evangelizar através de redes sociais, festas, esportes e etc. pois Cristo veio ao mundo para que tenhamos vida através do amor, amor não diminui por se dividir mas ao se multiplicar soma muitos e muitos amados.

Abraço fraterno e até breve.



JHLG

Corpus Christi - A Eucaristia nos faz Igreja!





Nesta quinta-feira, 07, a Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”.

A festa de Corpus Christi tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia - o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo.
Acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. Durante a última ceia de Jesus com seus apóstolos, Ele mandou que celebrassem Sua lembrança comendo o pão e bebendo o vinho que se transformariam em seu Corpo e Sangue.
"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 - 59).
Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós.

Origem da Celebração

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal "Trasnsiturus de hoc mundo", estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Fonte: Canção Nova

Coroação de Nossa Senhora




Ah, o Mês de maio da minha vida! Como é belo para nós! No nosso seminário apadrinhado pela Imaculada Conceição, a imagem da Virgem, com olhos vivos, parecendo de verdade ,a olhar para seus filhos e suas belíssimas mãos sobre o peito, postas a orar, como que cantando o Magnificat!

Ah, o Mês de Maio da minha infância já tão distante!.A Paróquia cheia, todas as noites. O povo de todas as classes, mas especialmente os simples, com flores na mão:" É para a Santa!", diziam todos, que com lágrimas nos olhos - de amor e gratidão - subiam ao altar para depositar aos pés de Nossa Senhora as suas vidas, nas flores colhidas em maio.

" Dai-nos, ó liçença, Senhora,
Para ofertar-vos fa-zer
Estas flores que em Maio
Colhemos pra Vos Trazer"

A coroa era trazida nas mãos do coroante. Entre o entusiasmo dos devotos e os sinos da velha bela mangabeira , era Coroada Nossa Senhora!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Via Sacra





Via Crúcis (do latim Via Crucis, "caminho da cruz") é o trajeto seguido por Jesus Cristo carregando a cruz que vai do Pretório até o Calvário. O exercício da Via Sacra consiste em que os fiéis percorram mentalmente a caminhada de Jesus a carregar a Cruz desde o Pretório de Pilatos até o monte Calvário, meditando simultaneamente à Paixão de Cristo. Tal exercício, muito usual no tempo da Quaresma, teve origem na época das Cruzadas (do século XI ao século XIII): os fiéis que então percorriam na Terra Santa os lugares sagrados da Paixão de Cristo, quiseram reproduzir no Ocidente a peregrinação feita ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém. O número de estações, passos ou etapas dessa caminhada foi sendo definido paulatinamente, chegando à forma atual, de quatorze estações, no século XVI. O Papa João Paulo II introduziu, em Roma, a mudança de certas cenas desse percurso não relatadas nos Evangelhos por outros quadros narrados pelos evangelistas. A nova configuração ainda não se tornou geral. O exercício da Via Sacra tem sido muito recomendado pelos Sumos Pontífices, pois ocasiona frutuosa meditação da Paixão do Senhor Jesus.


Por “Via Sacra” entende-se um exercício de piedade segundo o qual os fiéis percorrem mentalmente com Cristo o caminho que levou o Senhor do Pretório de Pilatos até o monte Calvário; compreende quatorze estações ou etapas, cada uma das quais apresenta uma cena da Paixão a ser meditada pelo discípulo de Cristo:

Estação: Jesus é condenado à morte
Estação: Jesus carrega a cruz às costas
Estação: Jesus cai pela primeira vez
Estação: Jesus encontra a sua Mãe
Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus
Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus
Estação: Jesus cai pela segunda vez
Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
Estação: Terceira queda de Jesus
Estação: Jesus é despojado de suas vestes
Estação: Jesus é pregado na cruz
Estação: Jesus morre na cruz
Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe
Estação: Jesus é enterrado
Estação: Jesus Ressuscita dos Mortos


Existem diversas meditações de autores espirituais sobre a via crucis ou via sacra, dentre elas as que foram utilizadas em Roma, durante os últimos anos foram: Via Cucis com a Mãe, 2006; Via Crucis do card. Ratzinger, 2005; Via Crucis de João Paulo II, 2004; Via Crucis de João Paulo II, 2000; Via Crucis de Karol Wojtyla, 1976 e ainda são conhecidas as Via Crucis de São Josemaría Escrivá e a Via Cucis de Ernestina Champourcin, 1952.


Quando associado à Via Crucis, Jesus é especialmente venerado sob o nome de Nosso Senhor dos Passos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Bote Fé Recife : Um Show de Fé, Garra e muito Trabalho...

 
 

O Evento ocorreu ontem (16/01/2012) pelas ruas do Recife levando uma multidão de aproximadamente 100.000 ( cem mil ) jovens em idade ou espirito que estavam prontos a demonstrar sua fé diante da cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora, o evento contou com a presença do nosso querido Arcebispo de Olinda e Recife Dom Fernando Saburido que foi presidente da celebração que deu inicio as festividades no Santuário de N. Sra. de Fátima localizado na rua do Príncipe em frente a UNICAP de onde saiu o cortejo que guiou os símbolos da JMJ até o marco zero de nossa cidade, com paradas estratégicas como por exemplo na Igreja Madre de Deus que com modéstia de Recifense devo dizer que é uma das mais belas obras que já vi, chegando ao marco zero houveram varias atrações entre elas: Anjos de Resgate e Eliana Ribeiro que diante de tanta grandiosidade foram uma pecinha que colaborou para a visão final deste belo quebra-cabeça. Parabéns a toda equipe coordenadora do Bote Fé na qual devo salientar um abraço a meus amigos Paulo Brito e Ir. Kleber e seus voluntários que fizeram deste evento brilhante um show além de qualquer expectativa. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ser Padre? humm e porque não?


Agradecimento

    

Antes de qualquer coisa gostaria de agradecer os 3000 acessos que já foram contabilizados coisa que jamais foi esperada por mim enquanto humilde trabalhador da vinha do Senhor...
Acabo de chegar da Festa de São Sebastião do Vasco da Gama - Recife - PE onde pude presenciar a existência de uma comunidade Católica no meio de uma cidade tão atribulada quanto Recife que ainda guarda todos os princípios de uma boa vizinhança e um bom Cristão, fato também muito bem personificado na pessoa do Pe. Amaurilio que nos acolhe sempre com um sorriso simpático e verdadeiro ato que nos convida ao regresso.
Peço a todos Orações por minha vocação para que nesta nova fase de minha vida agora no seminário eu e ela possamos evoluir juntos...
e antes de encerrar gostaria de deixar registrada também a minha total gratidão a meu Pároco, Pe. Mário José Beserra que me guiou como um pai de fato pelo caminho correto e continua a me guiar a luz divina de um Deus tão maravilhoso.

Grato pela atenção.

João Henrique L. Gonçalves

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Parabéns Vitória de Santo Antão - PE pela festa de seu Padroeiro




Uma vez que o seu nome latino é Antonius, em traduções displicentes de obras onde o seu nome figura para a língua portuguesa, o nome do santo tem sido vertido como António do Deserto, do Egipto, o Grande, ... (nome que, de resto, mantém nas demais línguas europeias), mas que tem suscitado confusões, pela homonímia, com o Santo António de Lisboa. Trata-se, pois, de dois santos distintos e, para melhor diferenciá-los, é preferível optar pelo nome - de resto já consagrado pela tradição vernácula -, de Santo Antão.
A sua vida foi relatada por Santo Atanásio de Alexandria, na Vita Antonii cerca de 360. Segundo este, teria nascido em 251, na Tebaida, no Alto Egipto, e falecido em 356, portanto com cento e cinco anos de idade.
Cristão fervoroso, com cerca de vinte anos tomou o Evangelho à letra e distribuiu todos os seus bens pelos pobres, partindo de seguida para viver no deserto. Aí, segundo o relato de Atanásio, e tal como sucedera com Jesus, foi tentado pelo Diabo, mas por muito mais que os quarenta dias que durou a Jesus, não hesitando os demónios em atacá-lo. Porém, Antão resistiu às tentações e não se deixou seduzir pelas tentadoras visões que se multiplicavam à sua volta.
O seu nome começou a ganhar fama, e começou a ser venerado por numerosos visitantes, sendo visitado no deserto por inúmeros peregrinos.
Em 311 viajou até a Alexandria para ajudar os cristãos perseguidos por Maximino Daia, e regressou em 355 para impugnar a doutrina ariana. Foi considerado santo em vida, capaz de realizar milagres. Levou muitos à conversão. Morreu centenário no ano de 356.
A vida de Santo Antão e as suas tentações inspiraram numerosos artistas, designadamente Hieronymus Bosch, Pieter Brueghel, Dali, Max Ernst,Matthias Grünewald, Diego Velázquez ou Gustave Flaubert.
Os religiosos que, tornando-se monges, adaptaram o modo de vida solitário de Antão, chamaram-se eremitas ou anacoretas, opondo-se aos cenobitasque escolheram viver em comunidades monásticas.
Em 1095, foi fundada uma ordem à qual foi atribuído o seu nome: os Antonianos (Canonici Regulares Sancti Antonii - CRSA).
O mais reconhecido Padre do Deserto e um dos maiores Padres da Igreja é celebrado por diversas confissões cristãs a 17 de Janeiro.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

O que são as Oitavas?



                                  

A prática pode ter tido suas origens na celebração de oito dias da Festa dos Tabernáculos e da Dedicação do Templo do Antigo Testamento. Porém, o número "oito" também pode ser uma referência à ressurreição, que na igreja antiga era geralmente chamada de "oitavo dia".
Por esta razão, antigas fontes batismais e tumbas cristãs tinham a forma de octógonos. A prática das oitavas foi introduzida pela primeira vez por Constantino I, por conta da festa de dedicação das basílicas de Jerusalém e Tiro, que duraram oito dias. Depois disso, festas litúrgicas anuais passaram a ser observadas na forma de oitavas. As primeiras foram a Páscoa, o Pentecostes e, no oriente, a Epifania. Isto ocorreu no século IV d.C. e indicava a reserva de um período para os conversos terem um alegre retiro.
O desenvolvimento as oitavas ocorreu vagarosamente. Do século IV até o VII d.C., os cristãos observaram as oitavas com uma celebração no oitavo dia, com poucas liturgias durante os dias intermediários. O Natal foi a próxima festa a receber uma oitava. Já pelo século VIII d.C., Roma tinha desenvolvido oitavas não somente para Páscoa, Pentecostes e Natal, mas também para a Epifania e as festas de dedicação de igrejas individuais. Do século VII d.C. em diante, as festas dos santos também passaram a ter oitavas (uma festa no oitavo dia e não uma festa de oito dias), sendo as mais antigas as festas de São Pedro e São Paulo, São Lourenço e Santa Inês. A partir do século XII d.C., o costume passou a ser a observância dos oito dias intermediários, além do oitavo. Durante a Idade Média, as oitavas para diversas outras festas e dias santos eram celebradas de acordo com a diocese ou a ordem religiosa.
Após 1568, quando o Papa Pio V reduziu o número de oitavas, elas ainda eram numerosas. Não apenas no oitavo dia da festa, mas em todos os dias intermediários, a liturgia era mesma do próprio dia da festa, com exatamente todas as preces e leituras. As oitavas eram classificadas em diversos tipos, dependendo da possibilidade de celebração de outras festas no mesmo período. A Páscoa e o Pentecostes tinham oitavas de "privilégio especial", durante a qual nenhuma outra festa poderia ser celebrada. O Natal, a Epifania e o Corpus Christi tinham oitavas "privilegiadas", durante a qual somente festas de grande importância poderiam ser celebradas. As oitavas das outras festas permitiam ainda mais festas.
Para reduzir a repetição da mesma liturgia por muitos dias seguidos, o Papa Leão XIII e o Papa Pio X fizeram ainda mais distinções, classificando as oitavas em três tipos principais: oitavas privilegiadas, oitavas comuns e oitavas simples. As privilegiadas foram organizadas de forma hierárquica, de primeira, segunda e terceira ordem. Na primeira metade do século XX, as oitavas estavam organizadas da seguinte forma:
  • Oitavas privilegiadas
    • Oitavas privilegiadas de primeira ordem
      • Oitava da Páscoa
      • Oitava de Pentecostes
    • Oitavas privilegiadas de segunda ordem
      • Oitava da Epifania
      • Oitava de Corpus Christi
    • Oitavas privilegiadas de terceira ordem
      • Oitava de Natal
      • Oitava da Ascensão
      • Oitava do Sagrado Coração de Jesus
  • Oitavas comuns
    • Oitava da Imaculada Conceição
    • Oitava da solenidade de São José
    • Oitava da Natividade de São João Batista
    • Oitava da São Pedro e São Paulo
    • Oitava de Todos os Santos
    • Oitava da Assunção
  • Oitavas simples
    • Oitava de Santo Estevão
    • Oitava de São João
    • Oitava dos Santos Inocentes
Além destas, o santo padroeiro de uma nação, diocese ou igreja também era celebrado com uma oitava, em cada dia da qual a missa e a liturgia da festa eram repetidas, exceto se fossem impedidas por outra festa mais importante.
O Papa Pio XII simplificou o calendário com um decreto em 23 de março de 1955: apenas as oitavas do Natal, Páscoa e Pentecostes foram mantidas. Todas as outras oitavas no rito romano foram suprimidas, incluindo as que ocorriam nos calendários locais. Em 1969, a Igreja Católica Apostólica Romana revisou novamente o calendário, retirando as oitavas de Pentecostes.
As duas oitavas sobreviventes diferem das outras ao não repetir diariamente a mesma liturgia. Os oito primeiros dias da Páscoa constituem as oitavas da Páscoa e são celebradas como solenidades ao Senhor. Desde 30 de abril de 2000, o "segundo domingo de Páscoa", que conclui a oitava da Páscoa, é também conhecido como Domingo da Divina Misericórdia.
Já a oitava de Natal está organizada da seguinte forma:
  • O domingo dentro da oitava: festa da Sagrada Família; celebrada na sexta, 30 de dezembro, quando o Natal cai num domingo.
  • 26 de dezembro: festa de Santo Estevão
  • 27 de dezembro: festa de São João Apóstolo
  • 28 de dezembro: festa dos Santos Inocentes
  • 29-31 de dezembro: dias dentro da oitava, nos quais a celebração memoriais opcionais é permitida, com a ressalva acima de quando o Natal cai num domingo.
  • 1 de janeiro, oitavo dia da Natividade; Solenidade de Maria, mãe de Deus