quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Papa convida jovens cristãos a "dar esperança" à sua geração

Papa convida jovens cristãos a "dar esperança" à sua geração

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de março de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI convida os jovens cristãos a «dar esperança» a seus coetâneos hoje, precisamente em um momento de crise de esperança, na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude deste ano, que será celebrada no âmbito diocesano no próximo domingo de Ramos e que a Santa Sé divulgou hoje.
«A crise de esperança afeta mais facilmente as novas gerações que, em contextos sócio-culturais carentes de certezas, de valores e pontos de referência sólidos, têm de enfrentar dificuldades que parecem superiores às suas forças&r aquo;, afirma o Papa.
Os jovens de hoje estão, em muitos casos, «feridos pela vida, condicionados por uma imaturidade pessoal que é frequentemente consequência de um vazio familiar, de opções educativas permissivas e libertárias, e de experiências negativas e traumáticas».
«Para muitos, a única saída possível é uma fuga alienante para comportamentos perigosos e violentos, para a dependência de drogas e de álcool, e para tantas outras formas de mal-estar juvenil.»
Contudo, «inclusive naqueles que se encontram em situações penosas por ter seguido os conselhos de ‘maus mestres', não se apaga o desejo do verdadeiro amor e da autêntica felicidade», afirma o Papa aos jovens, assinalando-lhes a urgência «de uma nova evangelização, que ajude as novas geraç&otild e;es a descobrirem o autêntico rosto de Deus».
O Papa recorda em sua mensagem o que disse aos jovens em Sydney durante a missa conclusiva, exortando-os a deixar-se «modelar por Ele para ser mensageiros do amor divino, capazes de construir um futuro de esperança para toda a humanidade».
«Verdadeiramente, a questão da esperança está no centro de nossa vida de seres humanos e da nossa missão de cristãos, sobretudo na época atual», sublinha.
A esperança que os jovens devem transmitir deve ser «firme e crível»; «a experiência demonstra que as qualidades pessoais e os bens materiais não são suficientes para garantir essa esperança que o ânimo humano busca constantemente».
Neste sentido, destaca que «uma das principais consequências do esquecimento de Deus é a desorientação que caracteriza nossas sociedades, que se manifesta na solidão e na violência, na insatisfação e na perda de confiança, chegando inclusive ao desespero».
São Paulo, modelo para os jovens
Aproveitando que esta JMJ acontecerá no contexto do Ano Paulino, o Papa propõe São Paulo como modelo de «testemunha da esperança», em meio às crises e dificuldades que teve de atravessar.
Quando encontrou Cristo no caminho de Damasco, explica, «Paulo era um jovem como vocês, de cerca de 25 anos, observante da lei de Moisés e decidido a combater com todas suas forças, inclusive com o homicídio, os que ele considerava como inimigos de Deus».
Para Paulo, «a esperança não é só um ideal ou um sentimento, mas uma pessoa viva: Jesus Cristo, o Filho de Deus - acrescenta o Papa. Jesus, do mesmo modo que um dia encontrou o jovem Paulo, quer encontrar-se com cada um de vós, queridos jovens».
Este encontro com Cristo acontece sobretudo «na oração», sublinha, convidando os jovens a «dar espaço à oração», e não só a pessoal, mas especialmente em comunidade: «há muitas formas para familiarizar-se com Ele; há experiências, grupos e movimentos, encontros e itinerários para aprender a rezar e, desta forma, crescer na experiência de fé. Participai da liturgia em vossas paróquias e alimentai-vos abundantemente da Palavra de Deus e da participação ativa nos sacramentos», acrescenta.
Outra exortação do Papa é a da evangelização: «A Igreja conta convosco para esta missão exigente. Que as dificuldades e as provas que encontrais não vos façam retroceder. Sede pacientes e perseverantes, vencendo a natural tendência dos jovens à pressa, a querer obter tudo e de imediato».
Por último, pede a intercessão de Nossa Senhora, Estrela do Mar, citando uma conhecida frase de São Bernardo: «Oh! tu, quem quer que sejas, que te vês mais flutuar à mercê das ondas neste mundo em tempestade do que andar sobre a terra; não tires os olhos do fulgor dessa estrela, se não queres ser submergido pelas tempestades. Se se levantarem os ventos das tentações, se topares nos escolhos das tribulações, olha para a estrela, invoca Maria!»
E conclui: «Se a segues, não te podes perder; se a invocas, não podes desesperar; se pensas nela, não te podes enganar».

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